Essa semana fui muito
quebrantado ao ler novamente a história de Jó e gostaria de compartilhar uma
mensagem que li nesta quinta-fera, pois creio que as mesmas palavras que me
tocaram, poderão tocar você também.
Ninguém gosta de ser surpreendido pelo
mal. Queremos sempre o melhor, mesmo àqueles que não estão plantando coisas
boas, querem colhe-las. É a vida. Existem até os que encontram felicidade em
sofrer e fazer sofrer. Patologias que carecem de tratamento. Mesmo estes, com a
visão distorcida de felicidade procuram encontrá-la à sua maneira.
Jó era próspero e feliz, mas no seu
intimo, tinha medo. Medo de perder a felicidade, o que o fez declarar: “Porque
aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu, nunca estive tranquilo,
nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação" Jó 3:25,
26. Ele aguardava a felicidade, mas, ao mesmo tempo não acreditava nela. Era um
homem de fé, obediente a Deus, dedicado à família, porém, incertezas sobre o
futuro o incomodavam.
Quantos de nós não somos como Jó? Sendo
felizes com reservas? Queremos desesperadamente o bem, porém temos medo de
recebê-lo por achar que não merecemos? Não conseguimos amanhecer e anoitecer,
desfrutando cada minuto do dia, como uma dádiva que não se repete, porque seria
injusto ser feliz?!
Algumas pessoas estão sempre esperando
realizar algo para se sentirem completamente felizes: “Ah, quando eu tiver
minha casa própria, serei feliz, quando eu tiver um bom emprego, quando eu não
tiver dívidas, quando eu tiver um marido, quando eu tiver um filho, quando....
quando... quando...", está sempre faltando algo e quando se consegue esse
algo, logo aparece outro motivo para não se ter felicidade.
Na tribulação então, é uma catástrofe.
Se não consegue ser feliz na bonança, na tribulação, vira "Mulher de
Jó": "Amaldiçoa a Deus, e morre" (Jó 2:9). Sem perspectiva
nenhuma de vencer a situação, se entrega totalmente a tão temida adversidade.
"Agora sim, tenho todos os motivos para não ser feliz". Conheço
pessoas que haja o que houver, estão sempre se lamentando, como os Israelitas
no deserto.
A felicidade estava no arraial deles, e
eles, querendo o Egito. Medo de ser feliz? Não acreditavam que podiam ser. Deus
estava se manifestando no monte, e eles, fazendo um bezerro de ouro para
adorar. Deus enviando maná do céu, e eles querendo os alhos do Egito (Como pode
trocar maná por alho?). Viviam na base do quando. "Quando tivermos muita
comida, quando tivermos água, quando tivermos um deus de verdade...", e
assim, não aproveitaram o que Deus lhes concedia
Ninguém está excluído do "complexo
de Jó", por vezes costumamos a refletir sobre o amanhã com receio de que o
mal nos surpreenda. Há uma necessidade constante de nos refugiarmos em Deus,
beber da sua fonte, nos prostrarmos a Seus pés e confiar, que mesmo em meio a
tribulação Ele tem propósitos abençoadores: "E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o Seu propósito" Rm 8:28. Não foi assim com Jó? "E o
Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor
acrescentou em dobro tudo quanto Jó possuía" Jó 41:10.
Tudo quanto nesse dia acontecer, estará
sob controle de Deus. Aleluia! "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas
almas" Mt 11:29. Portanto, não devemos temer a felicidade, viver com o
complexo de Jó, mas, que reine em nós a certeza de que Deus nos ama e Seus
pensamentos sobre nós são de paz, e não de mal Jr 29: 11.
Wilma Rejane
Na graça do Senhor,
Jessé Ricci
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