sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tu me amas?


Você já imaginou se Jesus em pessoa aparece-se diante de você e fizesse essa pergunta: Tu me amas?
Qual seria sua reposta diante dessa simples pergunta?
Quero lembra-lo de que Jesus não é uma pessoa qualquer, que merece uma resposta qualquer, mas Ele é o Senhor todo poderoso, Ele é aquele que esquadrinha os pensamentos e os corações, enxergando no mais profundo intimo da alma.

Um discípulo de Jesus passou por este interrogatório, vamos entender melhor o que aconteceu com esse grande discípulo chamado Pedro. Um homem com gênio sanguinário, o tipo de pessoa que é irritado demais? Sim era Pedro, inclusive até um pouco xucro.
Jesus na ceia antes da crucificação alertou ao genioso Pedro sobre sua a iminente traição que ele cometeria:  Pedro, Pedro, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos". Mas Pedro respondeu: "Estou pronto para ir contigo para a prisão e para a morte". Respondeu Jesus: "Eu lhe digo, Pedro, que antes que o galo cante hoje, três vezes você negará que me conhece". Lucas 22:31-34

Podemos perceber que Cristo diz a Pedro que orou para que a sua fé não desfaleça e que quando ele se converter que possa fortalecer seus irmãos.
Ou seja, Jesus sabia que Pedro não havia se convertido verdadeiramente, então como Pedro poderia amar a Jesus, se nem ao menos seu coração estava voltado para Cristo?
E se Pedro não amava verdadeiramente a Jesus, como poderia fortalecer seus irmãos?

Provavelmente você conhece a história que se segue, Pedro negou a Jesus três vezes...
Mas quero aqui abrir uma correlação para nossas vidas, quantas vezes negamos a Cristo? Aqueles que dizem amar a Deus, que dizem serem Filhos Dele.
Quantas vezes trocamos a presença de Cristo por um pecadinho escondido, afinal ninguém vai saber mesmo não é? Será que amamos a Deus? Será que estamos prontos para cumprir o chamado de Cristo para nossas vidas?
É fácil dizer que Jesus nos ama, como aquele famoso chavão: Jesus te ama! Sim isso é verdade, mas será que com essa mesma facilidade podemos declarar que amamos a Jesus?

Pedro ficou muito arrependido pelo que aconteceu, alias, ele chorou amargamente quando se lembrou das palavras de Jesus. Mateus 26:75

Imagine por um momento a situação que Pedro se encontrava. Ele havia negado a Cristo no momento mais crucial, viu seu amigo, mestre e Senhor ser massacrado, e depois disso não teve oportunidade nenhuma pedir perdão. Pedro verdadeiramente se arrependeu pelo seu erro... e foi exatamente esse arrependimento que possibilitou a Pedro mudar seu coração.

Após a morte e ressurreição do Senhor Jesus, Ele se manifestou junto a seis discípulos que acompanhavam Pedro em uma pescaria noturna. Jesus se apresentou aos discípulos e salvou a noite de pesca fazendo mais um milagre ao pedir para eles estenderem as redes, depois disso eles foram comer... e Jesus perguntou a Pedro: "Pedro, você me ama realmente mais do que estes? " Disse ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Cuide dos meus cordeiros".
Novamente Jesus disse: "Pedro, você realmente me ama? " Ele respondeu: "Sim, Senhor tu sabes que te amo". Disse Jesus: "Pastoreie as minhas ovelhas".
Pela terceira vez, ele lhe disse: "Pedro, você me ama? " Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez "Você me ama? " e lhe disse: "Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Cuide das minhas ovelhas. João 21:15-17

Jesus sabia que Pedro tinha se arrependido e convertido seu coração a Deus, mas Jesus precisava curar aquela ferida na alma de Pedro. Tenho certeza que ao perguntar três vezes, Cristo queria na verdade lembra-lo do amor que supera o pecado, do amor desinteressado. Um amor que não visa o próprio bem, um amor que suporta tudo, que confia, que espera... E foi em Pedro que Jesus estabeleceu um grande ministério que foi a Igreja de Cristo, assim como Cristo havia predito na ceia: “quando você se converter, fortaleça os seus irmãos”.

A Igreja de Cristo está vivendo um momento muito difícil, pois mais do que nunca a poluição deste mundo tem entrado nos corações, como um câncer maligno que se alastra por todos os membros do corpo... São tantas impurezas, pecados, mentiras e sujeiras que tem manchado as vestes da Noiva... Satanás com seus muitos anos de estratégia têm desviado os olhos da Igreja daquilo que realmente importa, confundindo e ludibriando os crentes dentro de suas próprias religiões e vãs doutrinas...
Deus está chamando seu povo de volta para a essência....

Precisamos nos arrepender e se necessário chorar amargamente como Pedro... Convertermos nossos corações a Ele, pois somente assim conseguiremos responder: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.






Jessé Ricci


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Enquanto espero.

 Em meio a uma oração:
 
 "... Senhor, tens me dado o melhor desta Terra e lhe dou graças por isso... Mas o que fazer quando tudo o que tenho não me satisfaz? Quando não importa o quanto eu Te busque, eu Te quero mais? Quando olhar o mundo me causa cada vez mais repulsa?  Pai, eu quero seu colo, seu cheiro, sua voz, seu coração... Vem me buscar, volta logo Pai... "
 
 
 A resposta vem como um sussurro:
 
 Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.
Tiago 5:7-8
 
 Esperá-Lo, por muitas vezes, parece ser mais difícil do que esperar por suas bençãos. Talvez porque nossa inversão de valores nos tenha ensinado a desejar mais o que vem dEle, do que QUEM ELE É!
 Quando valores e vaidades são colocados em seus devidos patamares, há um confronto dentro de nós. Que o Espírito nos oriente a buscar tudo o que é valoroso, da forma certa e em tempo oportuno. Amém!
Pacientemente,
Jéssica Tamayose.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Religião: Eu digo NÃO!

Quem é você?
Somos quem queremos ser ou quem Cristo quer que sejamos? Andar no Espírito, servindo-o e honrando-o, faz com que sejamos humildes e mansos de coração. Faz com que tenhamos os seus frutos. Faz com que desejemos morrer pra nós mesmos TODOS, sim, eu disse TODOS os dias de nossas vidas e isso inclui cada segundo, cada minuto e cada hora de nossos dias.

Ser cristão hoje tá na moda. A sociedade acha 'maneiro'. E ser cristão em quase cem por cento das vezes se torna nossas muletas. Vivemos baseados em religião. Porque 'crente' faz isso e não faz aquilo, porque é pecado e N sucessões disso, inversos, reversos e etc, etc, etc.

Você deixa de pecar por que quer agradar o coração de Deus ou por que isso lhe trará consequências ruins? Desde pequeno a gente aprende na escola bíblica 'o salário do pecado é a morte' e nem temos tempo de esquecer, porque constantemente ouvimos, tipo um mantra sabe? Se amamos a Deus, obviamente não queremos machucar Seu coração. DEUS é uma PESSOA que tem sentimentos, que tem sonhos e planos. Até quando vamos ignorar isso?
 


Dia desses eu li uma notícia no jornal:' Pai espanca filho de dois anos até a morte'. Ele matou o bebê de dois anos, no dia do aniversário da criança e sabe o que fez depois? Jogou o corpo na sarjeta de uma rua qualquer em um bairro afastado e foi embora.

Um bebê de dois anos assassinado pelo pai no dia de seu aniversário. Você compreende a tragédia, a inversão de valores? A falta de Deus?

Eu me pergunto: o que leva um pai a matar um filho e dizer que ele era a desgraça de sua vida? Eu não compreendo, e acho que nunca irei.

Cadê o povo cristão nessa hora? Estamos ocupados com as programações de nossas igrejas, pensando na roupa de ir pro culto. Às vezes, nem isso né? Ás vezes estamos ocupados fazendo qualquer outra coisa que nos faça esquecer o caos que paira esse mundo, mundo imundo que estamos vivendo e muitas vezes amamos. Amamos a podridão, amamos o pecado, amamos machucar o coração do Senhor! Somos hipócritas! Egoístas!
Jesus está voltando. E o que você está fazendo? Quem você tem sido diante dessa realidade do mundo?

Sejamos SAL da Terra e LUZ do mundo. Sejamos servos comprometidos com o Senhor. Sejamos noivas apaixonadas pelo Noivo. Sejamos filhos obedientes e sensíveis a voz do Pai. Sejamos amigos do Espírito Santo de Deus e façamos o que precisa ser feito: REVOLUÇÃO.

Sabe onde isso começa? Dentro de nós. Dentro de nosso coração, da nossa alma.
Como começa? RENÚNCIA. Renuncie a si, renuncie as ofertas mentirosas e enganosas do mundo. Prazer, felicidade, dinheiro? Propaganda falsa. Isso NUNCA te trará felicidade se você não tiver tido o encontro com o dono do seu coração.
Renuncie a religião. Chega de pensar que "ser crente" é viver de domingo em domingo no culto. CHEGA, NOIVA! Acorde!
Sabe por que vivemos com o famoso vazio no peito? Porque não entendemos que o Único que pode preenchê-lo é o dono de nossas vidas.

É tudo tão simples. Dói ouvir, dói admitir. Dói vomitar tudo o que já ingerimos!

Tome postura!
REVOLUCIONE todos os dias. Acorde com o propósito de ser e fazer diferente. Deus trará a graça e você será inteiramente feliz e mesmo diante das adversidades, seu coração estará completo, pois Aquele que lhe deu a vida, revolucionou a sua existência e Ele somente Ele lhe bastará.

Renda-se a esse chamado. Escute a voz do Espírito. Seja ousado. Seja livre. Seja valente. Seja livre!
Não seja um religioso, seja um apaixonado por Jesus.
Vomitando minha religião,
Lara Silva.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Se Deus tem chamado você...

Se Deus tem chamado você para que seja verdadeiramente como Jesus com todas as forças de seu espírito, ele o estimulará para que leve uma vida de crucificação e de humildade e exigirá tal obediência que você não poderá imitar os demais cristãos, pois ele não permitirá que você faça o mesmo que fazem os outros, em muitos aspectos.
Outros, que aparentemente são muito religiosos e fervorosos, podem ter a si mesmos em alta estima, podem buscar influência e ressaltar a realização de seus planos; você, porém, não deve fazer nada disso, pois, se tentar fazê-lo, fracassará de tal modo e merecerá tal reprovação por parte do Senhor, que se converterá em um penitente lastimável.
Outros poderão fazer alarde de seu trabalho, de seus êxitos, de seus escritos, mas o Espírito Santo não permitirá a você nenhuma dessas coisas. Se você começar a proceder dessa forma, ele o consumirá em uma mortificação tão profunda que o depreciará assim como a todas as suas boas obras.
A outros será permitido conseguir grandes somas de dinheiro e dar-se a luxos supérfluos, porém Deus só lhe proporcionará o sustento diário, porque quer que você tenha algo que é muito mais valioso que o ouro: uma absoluta dependência dele e de seu invisível tesouro.
O Senhor permitirá que os demais recebam honras e se destaquem, enquanto mantém você oculto na sombra, porque ele quer produzir um fruto seleto e fragrante para sua glória vindoura, e isso só pode ser produzido na sombra.
Deus pode permitir que os demais sejam grandes, mas você deve continuar sendo pequeno; Deus permitirá que outros trabalhem para ele e ganhem fama, porém fará com que você trabalhe e se desgaste sem que nem mesmo saiba quanto está fazendo. Depois, para que seu trabalho seja ainda mais valioso, permitirá que outros recebam o crédito pelo que você fez, com o fim de lhe ensinar a mensagem da cruz: a humildade e um pouco do que significa participar de sua natureza.
O Espírito Santo manterá sobre você uma estrita vigilância e, com zeloso amor, o reprovará por suas palavras, ou por seus sentimentos indiferentes ou por malgastar seu tempo, coisas essas que parecem não preocupar os demais cristãos.
Por isso, habitue-se à idéia de que Deus é um soberano absoluto que tem o direito de fazer o que lhe apraz com os que lhe pertencem e que não pode explicar-lhe a infinidade de coisas que poderiam confundir sua mente sobre sua forma de proceder ou de tratar com sua vida. Deus aceitará a sua palavra de entrega; e se você se vender para ser seu escravo sem reservas, ele o envolverá em um amor zeloso que permitirá que outros façam muitas coisas que a você não são permitidas.
Saiba-o de uma vez por todas: você tem de se entender diretamente com o Espírito Santo acerca dessas coisas, e ele terá o privilégio de atar sua língua, ou de colocar algemas em suas mãos ou de fechar seus olhos para aquilo que é permitido aos demais. Entretanto, você conhecerá o segredo do reino. Quando estiver possuído pelo Deus vivo de tal maneira que se sinta feliz e contente no íntimo de seu coração com essa peculiar, pessoal, privada e zelosa tutoria e com esse governo do Espírito Santo sobre sua vida, então terá encontrado a entrada dos céus, o chamado do alto, o selo de Deus.
Esta mensagem foi traduzida do espanhol de um folheto encontrado na Colômbia, em 1997, assinado por um "autor conhecido somente por Deus". Usada com permissão do site

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O Céu





Zalika, menina de pele negra, estava sentada no terreiro de casa, olhando para o homem de terno encardido que conversava com sua mãe. 

O homem ela conhecia. Era um missionário que sempre estava pelas vilas ali perto, acompanhado de um tradutor chamado Taú. Ele falava de um tal Jesus, de sua morte numa cruz e de um lugar chamado céu, onde haveria tudo de bom, para sempre.

- [Zalika já tem idade para ser vendida] - dizia a mãe da menina em um dialeto africano, enquanto Taú traduzia o missionário.

A conversa já durava um bom tempo, e a cada frase o pequeno coração da menina se apavorava ainda mais. Sua mãe falava em vendê-la para comprar alimento para a família. Taú traduzia as palavras do pastor, mas nenhuma parecia convencer a mãe. Zalika estava com medo. Não sabia o que acontecia com as meninas ou meninos vendidos; só sabia que eles nunca mais eram vistos.

- [Então o missionário comprará sua filha] - disse Taú e a mulher silenciou. 
- [Não a venda para os traficantes que rodeiam a vila. O missionário a levará agora, se a senhora permitir.]

O Pastor Jacó tirou algumas notas do bolso do paletó suado e as estendeu para a mãe da menina. Ela pegou o dinheiro e o contou, gritando em seguida:

- [Menina! Pegue o que é seu e vá com esse homem daqui].


Aproximando-se de Zalika, Taú lhe falou baixinho:
- [Não precisa pegar muita coisa. Você não vai precisar.]

A menina entrou no casebre armado com tocos e coberto de palha. Além de uma boneca suja e esfarrapada, não tinha mais o que pegar. Saiu com a bonequinha pendurada na mão e olhou para a mãe que sequer virou-se para ela. Zalika esperava alguma palavra de despedida; talvez um beijo, ou um abraço. Nada recebeu.

O missionário Jacó segurou em sua mão encardida e a conduziu para dentro de um carro. A menina olhou para trás, fitando dois irmãos tão negrinhos como ela, sentados no terreiro. Pensou sobre o futuro deles e temeu pelo próprio futuro, pois não sabia o que lhe iria acontecer.

O carro sacolejou na estrada de chão, levantando poeira vermelha. Jacó tomou algo de um cantil e o estendeu para menina, dizendo algumas palavras que ela não entendeu. Mesmo assim tomou do líquido fresco do cantil. Era algo tão bom, sem gosto e ao mesmo tempo tão gostoso.

- [É água limpa] - explicou Taú em seu dialeto e riu com a expressão de surpresa da garota. Sabia que ela, possivelmente, nunca havia tomado água que não fosse suja.

Quando o carro finalmente parou na fronteira, soldados olharam para dentro e começaram a discutir qualquer coisa com Jacó e seu tradutor. Zalika suspeitava que o motivo da discussão era sua presença naquele carro, pois os soldados gritavam e apontavam os dedos e armas para ela.

Mais uma vez Jacó colocou a mão no bolso e a menina lembrou-se de suas histórias sobre Jesus: "Ele pagou um preço por você"; "Jesus, na cruz, pagou com a própria vida para que você pudesse ser salva." Será que o missionário estava, naquele momento, pagando por ela?

Os soldados abriram caminho e Taú limpou o suor da testa, voltando a falar com Jacó, sem ela conseguir entender a língua deles.

Depois de muito tempo na estrada, entraram numa cidade, passando por várias ruas e estacionando em frente a uma casa grande de paredes com a pintura corroída.

- [Dora, esta é Zalika] - Taú a apresentou para uma senhora de pele morena, bem mais clara que a sua.
A mulher sorriu e ao mesmo tempo a avaliou, mexendo em seus cabelos fartos e encardidos de poeira e olhando em baixo das unhas imundas. Resmungou alguma coisa que fugiu ao entendimento da menina e a puxou para o pátio da casa, levando-a até um tanque e esfregando-lhe as mãos. A mulher gritou algo para dentro da casa e uma moça veio em seguida, com um copo cheio de um líquido que parecia água barrenta.

- [Prove!] - disse Dora, numa tentativa de falar o dialeto da garota.
Zalika deu uma pequena bicada no copo e depois o tomou de uma vez só, sentindo o gosto adocicado e, para ela, indescritível.
- [Leite com chocolate] - Taú explicou de novo. - [Mais tarde você pode tomar mais.]

Dora a levou primeiro para o pátio, onde seu cabelo foi lavado e cortado. Depois Zalika foi para o banheiro e não acreditou que estava debaixo de um jorro de água limpa. Várias vezes ergueu a boca e fartou-se.

Em seguida a governanta lhe deu roupas limpas e mostrou seu quarto, que era dividido com outras cinco meninas, todas resgatadas das vilas das redondezas; todas vítimas de alguma violência daquele cenário de guerra.

Depois de se arrumar, Zalika olhou sua própria imagem no espelho. Cabelos aparados e penteados. Pele limpinha e rosto sem aquele acúmulo de poeira grudando no canto dos olhos. Havia um belo sorriso naquele rostinho de menina quando outra garota a puxou pela mão e a arrastou pelos corredores da grande casa, até alcançarem uma sala onde havia uma mesa, com várias meninas sentadas. Na ponta estava Jacó, Taú e Dora.

- [Feche os olhos que o Pastor Jacó vai orar.] - disse a nova amiga.
Zalika fechou os olhos e ouviu as palavras sem sentido do missionário. Todas as meninas começaram a se servir. Havia pão, manteiga e um caldo maravilhoso (era apenas macarrão e legumes, mas para Zalika, como eu disse, era maravilhoso). A recém chegada se fartou. Nunca na vida tinha comido algo tão gostoso. Nunca na vida tinha comido em tanta quantidade e, por isso, a fome tinha sido uma parceira indesejável, porém constante. Lembrou-se dos banquetes que o missionário falava quando ia na vila.

- [Você sabe onde está?] - perguntou-lhe a menina à sua frente.
- [Eu sei] - Zalika respondeu com um sorriso franco, revelando um pão dentro da boca. - [Eu estou no Céu!] - e algumas lágrimas caíram de seus olhos.

(autor desconhecido)

OBSERVAÇÃO:


É tão fácil falar do amor de Jesus. 
É tão fácil falar do céu. 
Difícil é levarmos o amor de Jesus; difícil é levarmos o céu até as pessoas.

Difícil, mas não impossível. Não precisamos visitar países da África para isto. Não precisamos ser missionários ou termos ministérios como vários Guerreiros de Jesus tem nesses países distantes. Ao nosso redor, perto de cada um de nós, certamente há alguém esperando eu e você levarmos um pedacinho do Céu para elas. Talvez, esperando que você compartilhe um pedacinho do seu céu com elas.


Eu o desafio, querido leitor, a fazer mais do que falar. 
Eu o desafio a levar Jesus e o céu que Ele prometeu, para as pessoas que você pode alcançar. 
Liberte alguém você também, cada um precisa se libertar de alguma coisa que faz mal a ela! Leve Jesus!
Deus o abençoe em sua jornada.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Jesus era ruim de marketing!


Alguém me escreveu dizendo que não entende por que Jesus agiu como agiu, ao invés de fazer como César ou Alexandre, o Grande.

 

A ele e a tantos quantos pensam a mesma coisa, digo o seguinte:

Jesus veio para salvar o mundo, e, contudo, não fez nada igual aos que se oferecem como salvadores dos homens.

 

Já se disse demais [embora valha a pena repetir] que Ele não escreveu sequer um livro, não erigiu um pilar, por mais fajuto que fosse; não mudou para Roma e nem para Atenas ou mesmo para Jerusalém; não aceitou a oferta dos gregos de ir viver entre eles; não buscou impressionar os filósofos gregos ou os senadores romanos; e nem tampouco sistematizou um ensino para ser decorado ou aprendido; e, para completar a serie de “insensatezes”, ainda escolheu andar com gente que não formava opinião, não era conhecida, não tinha berço, e não agia no meio político ou religioso. Ele fez como o Pai: Do que estava sem forma e vazio Ele iniciou o reino!

 

Além disso, Ele não gerou filhos e nem deixou herdeiros carnais de nada. Não criou amuletos com pedaços de suas roupas ou utensílios de uso pessoal [toda essa história de Graal e relíquias santas é paganismo comercial brabo feito em nome de Jesus], não “marcou lugares santos” e nem estabeleceu “peregrinações sagradas”, como ir à Jerusalém, à Cafarnaum, e muito menos a qualquer outro lugar santo ou “Meca”.

 

Também não inventou “uma parte profunda” de Seu ensino apenas reservado aos Entendidos e Autoridades. Não venerou nada. Não se vinculou à coisa alguma, nem mesmo ao Templo de Jerusalém, ao qual derrubou com palavras proféticas.

 

Chocante também é o fato Dele não se poupar em nada. Cansado, então cansado. Com sede, então com sede. Ameaçado, então cauteloso. Descrido, então muda de lugar. Amado, mostra amor, mas não fica sequestrado pelo amor de ninguém. Desperdiça oportunidades de ouro. Joga fora o que ninguém jogava. Insurge-se contra aquilo que ninguém se levantava em oposição. Provoca a morte com vida até ressuscitar.

 

Ressuscitar. Sim! Mas para quê? Se as testemunhas não eram criveis. Até óvnis têm testemunhos mais criveis do ponto de vista do que se julga um testemunho respeitável. E além de tudo Ele só aparece para quem crê, e não faz nenhuma aparição ante seus inimigos, no Sinédrio de Jerusalém, por exemplo. Até para ressuscitar Ele trabalha contra Ele mesmo, do ponto de vista de “estratégia de ressurreição”.

 

Sim! Jesus não fez nada concreto. Tudo Nele era abstrato, até quando era concreto. Tudo tinha que ser apreendido com o coração, e não apenas aprendido com a mente. Um dia depois do milagre da multiplicação de pães e peixes, todo o resultado do milagre já havia sido digerido e evacuado. Ninguém foi por Ele instruído a guardar amostra dos pães e peixes, nem tampouco pediu Ele que se guardasse um tonel de vinho de Cana.

 

Jesus era do tipo que jamais chegaria à Betânia e diria: “Foi aqui que ressuscitei Lázaro!”

Sim! Ele não tem histórias de Si mesmo para contar. O presente é a História para Jesus. Suas histórias não são passadas, são todas presentes. Suas histórias são as Suas palavras de vida e poder enquanto...

 

Ora, eu poderia ficar escrevendo aqui para sempre sobre o assunto [aliás, tenho três livros que lidam com essas questões de modo amplo e extenso]; no entanto, o que me interessa é apenas afirmar que assim como Jesus tratou a vida e a História, do mesmo modo Ele espera que nós o façamos, até quando estivermos exaltando o Seu nome ou pregando a Sua Palavra; e, sobretudo, no vivendo da vida.

 

Ou quem nos fez pensar que Jesus era assim apenas porque Ele tinha que ser assim? — Mas que nós, que não somos Ele [e que temos a tarefa de propagandeá-LO na terra], temos permissão para tratarmos Jesus em relação ao mundo de um modo diferente do que Ele tratou a Si mesmo? Sim! Quem nos convenceu de tal loucura?

 

O modo de vivermos e pregarmos o nome de Jesus no mundo é exatamente o mesmo com o qual Ele tratou a Si mesmo na experiência humana de Seu existir entre nós.

 

Meu reino não é deste mundo!”

 

Afinal, quem é César? Quem é Alexandre?

 

Você deve a vida a qualquer um dos dois? Em que César ou Alexandre ajudam a sua vida hoje?

 

Assim, pergunto:

Você aceita desistir do que erro no qual foi criado na religião e passar a viver com os modos e motivações de Jesus?

 

Pense nisso!

 

Caio

13/02/08

Lago Norte - Brasília /DF

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Jovem rico!

A Paz povo de Deus!
E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.
Marcos 10:17-22
 Vemos na passagem um jovem bom, cumpridor dos mandamentos do Senhor e abençoado com posses (algumas versões o apresentam como príncipe). Na sua juventude e nobreza, se gabava por ter e ser tudo o que outras pessoas almejavam, o que não sabia é que ao encontrar Jesus, todos os seus conceitos e valores seriam colocado em cheque.
 Ao perguntar o que fazer para conquistar a vida eterna, Jesus pediu-lhe atitudes e ele, como o bom homem que era, as apresentou. Porém Jesus tinha algo mais a ensinar aquele jovem, foi quando lhe pediu que vendesse seus bens e os repartisse entre os mais necessitados...
 
 
 Mas o que isso quer dizer? Não posso mais ter os bens que conquistei com meu trabalho? Deus, então, quer que eu dê tudo o que tenho? Que venda minhas coisas?
 Não, Deus quer te dar tudo que você sonha e infinitamente mais, Ele quer te ver feliz e não precisa do seu dinheiro, pois já é Dono de todas as coisas.
 A explicação para o pedido de Jesus, mesmo já conhecendo a integridade do jovem é que Deus, tendo todas as coisas em Suas mãos, escolheu uma que só você pode entregar: O SEU CORAÇÃO!
Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos. Provérbios 23:26
 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Mateus 6:21
 A palavra tesouro não se refere a riquezas em específico, mas ao que é dado grande valor. Há tesouros que dificultam nosso relacionamento com Deus. No caso do jovem citado, o tesouro eram seus bens. Mas no nosso pode ser o computador, o emprego, a faculdade, o ministério, o sonho...
 O coração do homem está onde o seu pensamento permanece. Deus quer nossa obediência, quer nos abençoar, mas se os nossos corações não arderem por Ele, se Ele não for nosso maior amor... Se nosso foco forem as coisas terrenas, aí então nossos corações estarão no lugar errado. Toda a preocupação que é maior do que a de servi-Lo, nos mata aos poucos.
 O Senhor procura os nossos corações, Ele quer nossa adoração, quer intimidade... Devemos nos conscientizar que, por muitas vezes, quando perdemos ou deixamos de conquistar aquilo que mais desejamos, é Deus! Pedindo nossa atenção, querendo nosso carinho, fazendo-nos entender que tudo o que desejamos, cabe a Ele nos dar. E nenhum outro bem se compara ao tesouro do Seu amor por nós.
 Entregue o seu tesouro hoje, dê mais que palavras, mais que obediência cega e religiosa, dê o que Ele mais deseja: O SEU CORAÇÃO!
 
Com o coração entregue,
Jéssica Tamayose.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Noivo apaixonado

Graça e paz querido irmão!
Hoje compartilho com você, uma revelação a respeito do texto de João 14. Sempre amei esse texto e dia desses fui arrebatada pelo amor do Noivo a nós, ao me revelar o anseio de Seu coração e a plenitude do Seu amor e Sua graça.
Segue:
“ Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Não corrompa seu coração, Oh Noiva! Creia em mim, somente creia!
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
Eu lhe prometo um lugar a meu lado, junto de meu Pai.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Eu a amo minha Noiva! A virei buscar, a levarei para junto de mim, para que estejamos juntos.
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Eu já lhe confidenciei meus planos, noiva. Conheceis o caminho por onde deve andar.
Se me amais, guardai os meus mandamentos.
Se me amas, viverá segundo os Meus principios.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
Eu a honrarei, coloquei uma aliança em teu dedo, para que não se esqueças de que és Minha.
O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Essa aliança a nomearei: Espírito Santo, Ele estará contigo, habitará em ti e juntos serão inatingíveis.
Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
Eu voltarei para lhe buscar, não a deixarei sozinha. Estarás comigo em breve. Eu prometo a ti minha noiva. Lhe dou a minha palavra!
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Você amará os meus mandamentos, amará a mim e me respeitará. E me amando, será amada do meu Pai, e eu Lhe amarei minha noiva e me manifestarei a ti.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Mas a nossa Aliança lhe ensinará todas as coisas e não lhe deixará esquecer de tudo o que lhe tenho dito.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Não se angustie, minha noiva. Lhe deixarei minha paz, a paz que emana do Meu coração para o seu, como selo de nosso amor.
Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.
Eu irei e voltarei para ti. Se me amas, se alegrará, porque eu irei para meu Pai, maior do que Eu sou
Eu vo-lo disse agora antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
Eu lhe prometo todas essas coisas e farei acontecer.
Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou. “
Todas essas coisas, é para que o mundo saiba que Eu amo meu Pai e que Dele sou enviado. Juntos, estaremos honrando a meu Pai, estabelecendo o Reino Dele aqui. Permaneças firme!
João 14



Todas essas palavras lhe foram ditas, querido leitor. O Deus que nos ama, que nos reservou uma Linda Aliança, chamada Espírito Santo, hoje te convida a tomar seu lugar no Reino. Chega de bastidores! Chega de apatia! Chega de indiferença ao coração do noivo!
Seja qual for o seu sonho aqui, por mais belo e grandioso, NUNCA se comparará a profundidade dessa promessa do Senhor a ti. Nossa vida é apenas a espera do cumprimento do supremo propósito: a eternidade ao lado Dele.
Enquanto esperamos, ensaiemos para a cerimônia de nosso casamento! Vamos nos preparar! Vamos ensaiar a dança com nosso Noivo! Cantemos uma canção de amor, dediquemos a Ele nosso tempo, nossa vida e o nosso coração por COMPLETO. Sem prisões, sem algemas, sem ilusões. Porque certamente o AMOR Dele nos bastará, certamente nos transbordará, e essa onda de amor PURO e SINCERO a Ele, alcançará nações, contaminará corações e mais e mais adoradores se achegarão para sermos uma multidão de apaixonados por Ele.
O nosso amor falará por nós! O amor do coração da noiva pelo Noivo encherá o mundo de vida! Então, as obras mortas serão substituídas por esse amor, e todo tempo perdido com disputas insanas dentro de nossas igrejas e coisas que verdadeiramente não edificam o reino, será restituído para a Glória Dele. A colheita será farta, os frutos serão sadios!
Noiva, onde está teu coração? O mundo reconhece sua aliança? O Espirito Santo, de fato habita em ti?
Sem a aliança, não seremos reconhecidos. Honremos a aliança que o Noivo nos colocou no dedo!
Acordemos. Prossigamos. Apaixonemo-nos todos os dias por Aquele é digno de ser amado!
Resgatemos a aliança. Resgatemos o Espírito Santo das gavetas e armários onde nossas igrejas O guardaram.
Vivamos essa pura e santa Aliança.
Noiva, acorde! Reaja! Vista-se! Prepare-se! É chegada a hora.
O Noivo nos espera!

Esperando e desejando o Noivo,
Lara Silva.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Paz...

 Paz, em hebraico, é Shalom, e, literalmente, Shalom quer dizer: "estar inteiro", "estar em repouso"...  É então conveniente que perguntemos: o que nos impede de estarmos inteiros? O que nos impede de experimentarmos o repouso, isto é, de estarmos em paz?

  As respostas são múltiplas; destaco apenas as que me parecem essenciais;
- O que nos impede de estarmos inteiros, de estarmos inteiramente presentes na integridade do que somos, é o medo.
- O que nos permite estarmos inteiros, estarmos inteiramente presentes na integridade do que somos, é o amor.

O contrário do amor, e portanto da realização do que somos, não é fundamentalmente o ódio, e sim o medo.
 Medo de quem? Medo de que?
 Medo de amar, melhor dizendo, de se perder, pois amar antes de se encontrar é perder-se.
Certamente, existe toda sorte de medo: do desconhecido, do sofrimento, do abandono, da morte...  Todos esses medos podem resumir-se num só: medo de ser "nada".
 
 Este medo nos leva a esforços inimagináveis, para provarmos a nós mesmos e aos outros que somos alguma coisa e que "vale a pena" sermos amados, que o merecemos... Ser amado seria, portanto, um direito do homem?
  Infelizmente, este é um segredo muito bem guardado: aquele que procura ou solicita o amor jamais o encontrará... Só o encontramos no momento em que o damos... Unicamente quem ama, quem se torna amável e é capaz desse dom "gracioso" recebe o amor gratuitamente.
  O Amor jamais se manifesta àquele que o pede, mas se revela sem cessar a quem o doa. Aquele que compreendeu e viveu isto sente-se em paz. E também inteiro, porque só o amor nos realiza (e é o cumprimento da lei).
 O medo nos "castra", torna-nos enfermos e impede a livre circulação da vida em todos os nossos membros. E no Amor não há "membros impuros": "Tudo é puro para aquele que é puro"; é o Amor que purifica.
 Amar com todo o seu ser, este é o mandamento (mitzvah), ou, mais exatamente, o "exercício" que nos é proposto: "Amarás com todo o teu coração, com todo o teu espírito, com todas as tuas forças"; isto traz também uma esperança.
  Um dia amarei inteiramente, não somente com o meu corpo, minha cabeça ou meu coração, mas "inteiramente"; um dia, se almejo isto sem perder a esperança, estarei em paz. Pois é suficiente desejar amar, querer amar, mesmo que ainda não seja amar... Bem sabemos que o inferno não está nos outros; o inferno é não amar, é não se amar inteiramente, até em nossa dificuldade e algumas vezes em nossa incapacidade de amar...
 Nesse caso, talvez seja bastante não mais querer, não mais ter medo deste medo sutil, menos grosseiro, que é o medo de não ser amado, o medo de não amar... Aquele que perdeu o medo de ser "nada" não tem mais medo de tudo; paradoxalmente, é o medo de ser nada que nos impede de ser tudo. Se aceitássemos, por um instante, este "nada" que somos, este "nada a mais e nada a menos" do que somos, então, nesse mesmo momento, não haveria mais obstáculos à revelação e ao desdobramento do Ser que ama, em nós e através de nós.
 Se, supostamente, ser amado é um direito do homem, ser capaz de doar é uma realização, uma graça divina concedida ao homem; a alegria de participar da Dádiva e da Vida do Ser que faz "girar a Terra, o coração humano e as demais estrelas", generosamente...
  Porém, não fosse pelo fato de nos "sentirmos mal", como seria possível aceitarmos "ser nada" quando nos sentimos ser alguma coisa? O termo "nada" pode parecer negativo; talvez fosse preciso dizer simplesmente "ser", sem acrescentar qualquer palavra, para podermos pressentir que o que se soma ao "ser" é algo de "mental" e compreendermos melhor a palavra do Cristo: "O que é, é, o que não é, não é". Tudo o que é dito a mais vem do mental ou do "mau", ou ainda, em algumas traduções, do "mentiroso". Pois só a verdade liberta!!!!



     
 Sentir-se em paz é estar num corpo relaxado, com o coração livre e a mente serena. E conhecendo melhor, hoje, as funções coordenadoras do cérebro, é sem dúvida pelo mental que devemos começar.  Ser nada a mais (e nada a menos) do que somos – estar em paz – pressupõe uma mente pacificada, em repouso, e é o segundo sentido da palavra shalom.


 Por que não estamos em repouso?
 Não somente há o medo de ser "nada" (ser mais ou ser menos do que somos), mas existem as lembranças, com as quais nos identificamos e que tomamos por nosso verdadeiro ser. O caminho para a paz é aquele que nos faz passar das nossas identidades provisórias, irrisórias, transitórias, para a nossa identidade essencial (eu sou o que eu sou).


 Os Sacerdotes do Deserto falavam de oito logismoï, ou pacotes de memórias, com os quais nos identificamos e que nos impedem de estar em paz. São eles:
1. Gastrimargia, ou a identificação com nossas fomes, sedes e apetites, o resultado de todas as nossas necessidades, que e somatizam, na maior parte do tempo, oralmente (bulimia, anorexia);
2. Philarguria, ou o medo de nos faltar algo, que se manifesta pela acumulação de bens inúteis; identificamo-nos e buscamos a segurança, pelo que temos e pelo que possuímos;
3. Pornéia, ou a identificação com a nossa vida pulsional, com o medo de nos faltar vitalidade e desejo;
4. Orgé, ou a dominação do irascível e do emocional, a cólera de não ser reconhecido como "centro  do mundo", "digno de reconhecimento e respeito";
5. Lupé, ou a tristeza de não sermos amados como gostaríamos de ser;
6. Acedia, ou a tristeza de não sermos amados de forma alguma, o desespero diante da evidência de que nunca fomos e nunca seremos amados (a menos que cessemos de pedir e nos tornemos capazes de doar);
7. Kenodoxia, ou a vaidade e a presunção que nos identificam com a imagem que fazemos de nós mesmos, independentemente do que somos na verdade; isto só acontece com angústia, e esta é proporcional à diferença que existe entre o que somos e o que pretendemos ser;
8. Uperephania, sem dúvida, a patologia mais grave: trata-se de colocar nossa identidade ilusória como se fosse a única realidade, e tomarmos a nós mesmos por única referência e juizes do que é bom ou mau; considerar todas as coisas em relação ao prazer ou desprazer que elas nos proporcionam e fazer delas uma lei válida para todos.

 Aos oito logismoï, ou pensamentos, poderíamos acrescentar muitos outros, como o ciúme, a inveja...  e todas as projeções que nos impedem de ver e de aproveitar o que está no presente. Não por acaso, mais tarde, os Sacerdotes do Deserto chamaram estes pensamentos ou expressões da mente, que constituem obstáculos à apreensão simples e pacífica do que existe e do que somos, de "demônios" (hatan, que, em hebraico, quer dizer: "obstáculo").

 Em resumo, o principal obstáculo à paz, o maior dos demônios é a nossa própria mente, este reservatório de emoções passadas, que se derrama sem parar sobre o presente; este "pacote de memórias" que denominamos ego, ou eu. Quem sofre ou é infeliz é sempre o eu e nossa identificação com o que não somos realmente.
 Que só o presente existe é um segredo bem guardado; o que era, não é mais; o que será, ainda não é; se vivermos eternamente em nossos arrependimentos e projetos, teremos que sofrer e passaremos ao largo do "segredo"... "Ora ao teu Pai que está aí, dentro do segredo", na presença do que é presente.  São palavras do Evangelho e também palavras de cura...
 A morte não existe ainda, ela não é. Só permanece este "Eu Sou", que existe desde sempre e para sempre. Não podemos ir para outro lugar, senão onde estamos; e onde nos encontramos aqui já estamos. Por que procurar, em outra parte, a vida e a paz que nós somos, se a paz é nossa verdadeira natureza, não está por fazer? Trata-se, primeiramente, de conferir menos importância àquilo que nos "impede" de estar em paz; depois, não lhe dar importância alguma, se quisermos; e isto significa aderir, instante após instante, ao que é, com um espírito silencioso, uma mente serena, ou melhor, não identificados com as memórias e com as emoções que essas memórias provocam.
 Temos medo de que? De perdermos a cabeça, perdermos a alma, de não sermos o que nossas memórias nos dizem que somos, não sermos coisa alguma do que pensamos ser? Perdem-se as ilusões, os pensamentos, e fica somente o medo de morrer. Se eu paro de me identificar com o que deve morrer, permaneço já naquilo que sou desde sempre.
 Não pode haver outro artesão da paz que não seja aquele cujo corpo está relaxado, que tem o coração livre e a mente pacificada. Mesmo o nosso desejo de paz pode tornar-se uma tensão, um nervosismo, um obstáculo à paz, uma obrigação, um dever que se somará à infelicidade e à inquietação do mundo.
 Afirmar que estamos em paz não é negar nossos medos, nossas memórias, nossos sofrimentos...  é colocá-los em seus devidos lugares, na corrente insensata e tranqüila da verdadeira Vida...
Claudio Isidoro.
   

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sacrifícios ou Misericórdia?

Graça e paz embaixadores do Reino!

     Nós como Nação brasileira temos o privilégio de poder cultuar ao nosso Deus com total liberdade. Liberdade em todos os sentidos, cultuamos em templos onde nos reunimos com os amados irmãos, cultuamos com todos os tipos de instrumentos, cultuamos com danças, com júbilos, com peças teatrais, enfim somos agraciados com essa liberdade em nosso país.
    Quero aqui expressar a minha profunda gratidão a Deus por isso! Mas embora vivamos toda essa liberdade, o Espírito de Deus tem me atentado para algumas coisas...
    Através de todas as coisas que podemos fazer para adorar a Deus e cultua-Lo, começamos a receber títulos por isso. Joãozinho é líder do louvor, toca isso e aquilo e ainda prega. Mariazinha dança, encena e ainda lidera os jovens. Ual, isso é uma grande benção sem dúvida alguma, mas jamais podemos deixar que os nossos títulos roubem a essência!
   O coração de Deus queima sim de desejo em receber o nosso culto a Ele, a nossa adoração, o nosso louvor, os nossos sacrifícios. Mas Deus só receberá de nós tudo o que fizermos, se amarmos o nosso próximo, se agirmos com justiça a eles, se formos movidos de intima compaixão pelos necessitados e aflitos de alma!

   Se atente com temor para esses versículos:

'' Portanto, visto que pisais o pobre e dele exigis um tributo de trigo, edificastes casas de pedras lavradas, mas nelas não habitareis; vinhas desejáveis plantastes, mas não bebereis do seu vinho.
Porque sei que são muitas as vossas transgressões e graves os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate, e rejeitais os necessitados na porta. ''
Amós 5:11-12
''Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro.
E ainda que me ofereçais holocaustos, ofertas de alimentos, não me agradarei delas; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.
Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.
Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça como o ribeiro impetuoso. '' Amós 5:21-24

''Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.'' Oséias 6:6



    Sei que poderão dizer que esse assunto de AMAR está virando chavão, mas como igreja, como Noiva eu não posso me calar, não posso sufocar aquilo que o Espírito Santo tem feito queimar dentro de mim. Eu posso escolher me calar ou quebrar o silêncio, e eu escolho quebrar o silêncio!
    Precisamos ouvir aquilo que o Espírito Santo esta dizendo. Não podemos tapar os nosso ouvidos, fingindo que não sabemos mais o porquê de tanta apatia espiritual, o porquê de tanta morte, esta nítido de que a causa disso tudo é que estamos invertendo os papéis, estamos permitindo os impios fazerem o que nós igreja temos o dever de fazer, enquanto isso, estamos nos promovendo com os nossos títulos, com os nossos ''jejuns'', com a nossa ''santidade'' , MISERICÓRDIA QUERO E NÃO SACRIFÍCIO, CONHECIMENTO DE DEUS MAIS DO QUE HOLOCAUSTOS! Será que conseguimos compreender o que o Espírito esta nos dizendo?
    Se conhecermos a Deus, veremos com o que realmente Ele se importa! Deus se importa com os pobres que tem sofrido tanta injustiça, Deus se importa com a dor das mães que tem perdido os seus filhos nas drogas, Ele se importa com as adolescentes que estão abortando, com os jovens que se venderam ao crime. E nós com o que temos nos importado? É hora de quebrarmos esse silêncio que tem nos corrompido! É hora de agir Noiva!









Com temor,
Ana Paula Colombo