quinta-feira, 10 de maio de 2012

Abismo!

A paz nação santa!

 Está chegando mais uma linda sexta-feira, mas enquanto ela não chega... O que você vai fazer pra Jesus HOJE? Eu tenho me questionado bastante a esse respeito, tipo, planejamos tanto o amanhã que se Jesus voltar hoje pode nos pegar acomodados quanto ao Reino!

 Pensando nisso me veio um texto que me impactou bastante e despertou pra realidade em que estamos... Vou deixar o texto com você e a lição de casa será uma análise pessoal, pode ser?

 1. Leia o texto!
 2. Encontre-se nele, veja com qual personagem você se identifica!
 3. Pessa orientação ao Espírito, chame Ele pra mais perto de você e que te mostre que atitudes tomar.
 4. Tome providências HOJE

Então é isso ae galera, lá vai:
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  Ouviu-se durante a noite o ruflar queixoso dos tambores, e a densa escuridão palpitava em meu derredor. Não podia conciliar o sono, de modo que permanecia estendida em meu leito, com os olhos abertos. De repente, abriu-se diante deles um panorama:


  Parecia-me estar numa planície coberta de vegetação. A meus pés abria-se um abismo de profundidade infinita. Olhei sem chegar a divisar o fundo. Flutuavam nas profundidades, formas negras e grotescas, como de nuvens que se ajuntavam e pairavam sobre as sombrias cavernas e precipícios. Dei um passo para trás, quase perdendo o equilíbrio.

  Então vi as silhuetas de pessoas que andavam em fila pela grama. Todas se dirigiam para a borda do precipício. Notei em especial uma jovem. Ao aproximar-se percebi que era cega. Chegou a beira e deu um passo no vazio. Ainda ressoava em meus ouvidos o grito desesperador que ela deu ao precipitar-se no abismo.

  Depois vi muitos outros que vinham de todas as partes. Todos eram cegos; todos avançavam diretamente para o precipício. Ouviam-se gritos lancinantes ao sentir-se que caiam. Agitavam os braços, procurando agarrar-se a alguma coisa firme, porém, somente os rodeava o vazio. Alguns, contudo, rodavam para o precipício em silêncio, sem gritar.

  Assustei-me, com um assombro que era agonia, porque ninguém os detinha na beira do precipício. Eu não podia faze-lo. Estava grudada ao solo e não podia chamar ninguém. Embora procurasse faze-lo várias vezes, saia de minha garganta somente um sussurro.

  Depois observei ao longo da margem, a intervalos regulares, que havia sentinelas. Mas a distância entre as sentinelas era muito grande e ninguém protegia esses espaços vagos. Era nessas brechas que as pessoas se despenhavam para o abismo, cegas e sem ninguém que as advertisse do perigo. Parecia-me que a grama estava regada de sangue, e que o abismo abria as faces, como a boca do inferno.

  A seguir observei, como remanso de paz, um grupo de pessoas sob algumas árvores, que, com as costas voltadas para o abismo, faziam ramalhetes de margaridas. Às vezes, quando um grito desesperador fendia o ar, e lhes chegava aos ouvidos, isto as perturbava, porque consideravam vulgar tal atitude. E se uma delas se encaminhava para o abismo e desejava fazer algo para ajudar, logo todos os outros a impediam. "Por que se abalar? Afinal de contas você ainda não terminou de fazer os ramalhetes". E acrescentavam: "seria egoísmo da sua parte deixar-nos para que terminemos sozinhos os ramalhetes".

  Havia outro gurpo cujo principal desejo era enviar mais sentinelas. Mas descobriram que muito poucos desejavam ir, e às vezes não havia sentinelas numa distância de vários quilômetros ao longo da borda do precipício.

  Em determinado momento, vi uma jovem sozinha em seu lugar, fazendo sinais para que as pessoas voltassem. Mas a mãe e outros parentes chamaram-na, lembrando-lhe que havia chegado o momento de entrar em férias. Devia cumprir os regulamentos. E cansada, necessitada de uma mudança, foi descansar por algum tempo. Todavia, ninguém foi enviado para ocupar o lugar que ficara vago, e as pessoas continuavam a precipitar-se pelo abismo como uma cascata de almas.

  Certa hora vi um jovem que se sustentava agarrado a um galho bem na beira do abismo. Segurando com as duas mãos, pedia auxílio, mas ninguém o socorria. Depois o galho cedeu e o jovem se precipitou no abismo, segurando entre as mãos crispadas aquele galho. E a jovem que desejava voltar a seu posto, acreditou ouvir o grito do jovem, e se pôs em pé, mas os que estavam ao seu derredor censuraram-na, recordando-lhe que ninguém era necessário em parte alguma. Disseram-lhe que estavam certos de que alguém protegia o posto vago. E a seguir cantaram um hino.

  No meio do hino, ouviu-se algo como se os sofrimentos de um milhão de corações quebrantados se condenassem em um soluço. E o horror da grande escuridão me rodeava, visto que eu sabia o que era: o grito de seu sangue.

  Depois ressoou uma Voz, a Voz do Senhor, que dizia: "Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da Terra a mim".

  Ressoa ainda com intensidade o ruflar dos tambores e a escuridão me rodeiam e envolvem. Ouço os gritos dissonantes dos que participam na dança diabólica, e guinchos dos endemoninhados, congregados junto à porta exterior.



  Afinal de contas, que importa? Isso vem-se repetindo durante anos, e continuará a repetir-se por muito tempo no futuro. No que te preocupas então?

  Que Deus nos perdoe! Que Deus nos desperte! Que Deus nos envergonhe até que abandonemos esta insensibilidade, até que deixemos nossos pecados! – Amy Wilson Carmichael, em "Things As They Are" (As coisas como são).
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 Despertando e sendo despertada todo dia,
 Jéssica Tamayose

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