quinta-feira, 5 de julho de 2012

Poder da Língua


Conta à história que certo homem disse que o seu vizinho era um grande ladrão. Os boatos correram por toda a cidade, até chegar aos ouvidos da policia local que mandou prendê-lo.
Após todos os procedimentos de acusações e de prisão, acabaram descobrindo que era inocente e acabaram por soltá-lo.
Passado alguns meses o vizinho processou o seu acusador por sofrimento, humilhação e calunia.
No tribunal o juiz solicitou ao difamador que comentasse o ocorrido. E o difamador disse:
- Senhor Juiz foram apenas comentários que não fazem tão mal assim...
E o juiz analisou calmamente a sua resposta e respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel e em seguida pique o papel e enquanto estiver caminhando para sua casa jogue os pedacinhos pelo caminho até chegar a sua casa.
E deu por encerrada a seção solicitando o retorno de todos no outro dia no mesmo horário, para que a sentença fosse aplicada.
O homem obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
Imediatamente retrucou o acusado:
- Como posso fazer isso, meritíssimo! O vento deve tê-los espalhado por toda parte e não saberei onde estão!
O juiz respondeu:
- Um simples comentário pode comprometer a moral de um homem, espalhando-se a ponto de não ser possível consertar o mal causado.




Talvez você já conhecesse uma história parecida, mas já parou para pensar no verdadeiro poder contido nas palavras ditas?




Provérbios 15:4 diz o seguinte: “A língua benigna é árvore de vida, mas a perversidade nela deprime o espírito.”.




Na situação da história a palavra mal dita causou um estrago moral de grandes proporções para um inocente vizinho, porém o poder das palavras não está limitado em apenas ferir sentimentos e causar danos morais.

Deus apenas por meio de palavras trouxe a existência o que antes não existia:
“E disse Deus: Haja luz; e houve luz.” Gênesis 1:3
“E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.” Gênesis 1:9

Isso mostra que o poder contido nas palavras é imenso. Claro que não dá para comparar o poder das palavras ditas por um Deus Poderoso e as palavras dos homens, mas a língua é uma arma letal, um instrumento afiado e poderoso que pode abençoar ou amaldiçoar.

Tiago foi usado grandemente pelo Espírito Santo quando escreveu o seguinte:
“Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.
Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar o animal todo.
Tomem também como exemplo os navios; embora sejam tão grandes e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto.
Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.
Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniqüidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno.
Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e é domada pela espécie humana;
a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero.
Tiago 3:2-8.

Esse texto é tremendo, pois exprime o grande poder devastador contigo na língua.



No livro Filho do Fogo (história da vida e conversão de um ex satanista), Daniel Mastral explica de forma bem clara como as palavras pronunciadas têm grande poder e são meios utilizados por demônios para fazerem o mal.
Ou seja, tudo que é dito não fica vagando no mero vácuo, mas ecoa no mundo espiritual de forma que abrem pequenas brechas e lacunas, podendo ser arrombadas por espíritos malignos.
Então CUIDADO!!!

Como diz o ditado: o peixe morre pela boca!

E falar o que não se deve pode torna-lo um alvo fácil para o inimigo.

É bom adquirirmos o habito de sempre pensar muito bem antes de falar, pois a mais inofensiva palavra é capaz de causar os mais terríveis danos.

Se não podemos falar bem de uma pessoa é melhor que não se diga nada. Devemos ser Senhores da nossa língua, para que não sejamos escravos de nossas palavras.

Para quem se considera crente em Cristo, mas gosta de participar de uma fofoca “santa”, fica a dica: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” Tiago 1:26.

Poderíamos discutir o poder das palavras proféticas, mas como é um tema um pouco diferente não vou entrar nesse detalhe.

As vezes não percebemos as palavras que lançamos ao vento e profetizar palavras de maldição é um grande perigo! Portanto se revista da armadura de Deus (Efésios 6:11) e vigie sua língua para não ela se tornar um instrumento nas mãos de satanás.

Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano. Salmos 34:13.


Jessé Ricci

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