Deus quer nos
levar a esse ponto no relacionamento com ele. Quando começamos a conhecê-lo,
não confiamos muito nele. Até dizemos que confiamos de todo o coração, mas não
é verdade. A confiança cresce à medida que o relacionamento cresce. Nós temos
sido ensinados que confiança é uma escolha: escolhemos ou não confiar em Deus.
No fundo, sabemos que isso não é verdade. Basta lembrar de algumas situações
que produziram ansiedade em nós e que resolvemos confiar a Deus em oração. Um
momento depois, e lá estava a mesma ansiedade rondando e inquietando os nossos
pensamentos. Não resta dúvida: não estávamos confiando, de fato, em Deus
naquela oportunidade. Ele sabia que queríamos confiar, mas que nosso
relacionamento com ele não era forte o suficiente para isso.
Precisamos
pedir a ele que nos ensine a confiar. Ora, ele é o autor e consumador da nossa
fé. Até isso é obra dele em nós. Não é o que fazemos por ele, pois, nesse caso,
transformaríamos a fé numa outra obra religiosa. Ou seja, ouvimos tanto que
precisamos ter mais fé que acabamos fazendo força para crer. A fé cresce à
medida que o relacionamento cresce. Quanto mais eu sei que ele me ama, mais
livre eu sou para confiar nele.
Que tal
pedirmos: “Senhor, o que eu ainda não sei sobre ti que poderia me fazer confiar
mais quando estiver nesta ou naquela circunstância?”. Às vezes, leva semanas e
meses, mas Deus responde a essa oração. Ele quer que cresçamos no conhecimento
dele. Foi isso o que ele fez com Abraão. Abraão ficou conhecido como o pai da
fé, mas não começou assim. No início da jornada, para salvar a própria pele,
mentiu sobre sua esposa e viu-a indo parar nos braços de Faraó.
Definitivamente, Abraão não era um homem de grande fé, mas Deus começou a se
revelar a ele. À medida que esperava o cumprimento de uma promessa que lhe
trouxe muitas frustrações, Abraão aprendia a confiar em Deus. Ele teve que
crescer para se tornar um homem de fé. Deus quer que você e eu cresçamos na fé:
esse é o assunto dessa vida espiritual. Hoje ainda não cremos do jeito como
gostaríamos porque ainda não sabemos o quanto ele nos ama. Talvez saibamos
disso teologicamente apenas.
Quanto mais
confiamos, mais livres passamos a viver. E naquilo em que ainda não conseguimos
confiar, sigamos pedindo que ele nos ajude. Essa é a jornada. Gasta anos, não
dá para ser um cristão perfeito de uma noite para outra. Não dá para acertar
tudo. Não temos inteligência nem bondade suficientes, apenas somos amados pelo
Pai. E viver sendo amados transforma nossa vida.
Portanto,
quando a confiança nos faltar, sejamos honestos. Nesses momentos, ao invés de
fugir de Deus, imaginando-nos um fracasso, devemos correr em sua direção
pedindo ajuda para confiar.
Claudio
Isidoro
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