quarta-feira, 20 de março de 2013

Vaidade em forma de pecado.


Sábado passado combinei com meu namorado de darmos uma volta. Ele me disse o horário em que passaria em casa e eu nem me dei o trabalho de perguntar aonde iríamos.

Justamente naquele dia me deu uma vontade absurda de usar um bendito de um sapato que eu amo de paixão, mas que é muito desconfortável. Eu queria muito usá-lo naquela noite, e mesmo sabendo que o meu médico recomendou o não uso de sapatos de salto alto assim o fiz.

Fomos jantar na praça de alimentação do shopping e depois ele me propôs uma sessão de cinema, e amante de cinema como eu, aceitei na hora.

Mas aí, bem, aí o calo literalmente apertou, haha. Fomos ao cinema de outro shopping e justamente aí começou minha saga. O shopping estava extremamente lotado, rodamos um bom tempo atrás de vaga no estacionamento e encontramos uma um pouco distante, o que me fez caminhar um bom tanto.

Quando chegamos a bilheteria, fiquei extremamente aliviada a não ver fila. “Graças a Deus”, pensei aliviada. Faltava ainda quarenta minutos pra sessão e fomos tomar café, num lugar super aconchegante onde eu pude sentar e não sentir dor no pé, haha. Providencia tomada pelo fofo do Jessé, por conhecer a minha saga Salto alto X pé machucado X aquele sapato.

Passado o café, eu me desesperei ao ver a fila pra entrar na sala do cinema. Estava enorme. E aquela altura meu pé já começava a dar sinais de que iria me dar trabalho.

Gente, eu não sei quanto tempo durou aquela fila, mas eu fiquei muda de tanto que doía.  

Você, garota que lê esse post, sabe do que eu estou falando: aquele sapato lindo e super desconfortável que você usa por vaidade e que machuca o seu pé, machuca tanto que a gente soa frio, fica com vontade de matar alguém e não respira direito até tirar o bendito do sapato. Quem nunca? Hahaha.

Se eu não tivesse dentro do shopping provavelmente eu teria arrancado o sapato. O fato é que seria MUITO deselegante fazer isso naquele ambiente. Então, sabem o que eu fiz? Eu mantive a pose: coluna ereta, nariz empinado e um sorrisinho amarelo no rosto. Não desci  do salto.

É uma situação que toda mulher passa um dia. Um sapato que aperta, machuca, incomoda, mas que somos obrigadas pelas regras de etiqueta da vida a sustentá-lo até o termino do evento em que estamos.

Já esteve em situação parecida? Garotos já viram a mãe/irmã/amiga/namorada/esposa passarem por isso? Provavelmente sim!

O meu drama pessoal Salto alto X pé machucado X aquele sapato, pode ser visualizado da seguinte forma: Vontade X fraqueza X pecado.

Quantas vezes em nossas vidas não cedemos a nossas vontades carnais? E na maioria delas, a vontade não anda sozinha, ela vem acompanhada da nossa fraqueza, e juntas resultam no pecado.

Eu poderia ter exposto minha ‘dor’ e ter tirado o sapato em público, mas isso afetaria meu ego, seria julgada e as pessoas me olhariam torto.

Agimos dessa mesma forma, escondendo nossos pecados e nossas fraquezas, com medo da exposição, medo do que nossos irmãos pensarão e por vezes ignoramos a voz do Espírito. Nos mantemos em cima do salto, fazendo de conta que o problema não é nosso,  nos apaixonamos pelo status e posição que mantemos em nossas igrejas.

Se arrancar o sapato, significa nos mostrarmos a Deus com transparência, o façamos! Olhemos para Aquele que nos amou primeiro, contemplemos Seus olhos de amor e desçamos do pedestal.

E daí que seremos julgados por homens?

Só Ele pode nos salvar, só Ele pode nos curar, nos libertar, nos restaurar.


“Afastem-se de toda forma de mal.
I Tessalonicenses 5:22


Oro para que nosso amor por Ele seja maior do que nossa reputação. Oro para que saibamos tirar os sapatos quando necessário. Oro para que rejeitemos o pecado. Oro para que sejamos honestos e não assumamos a postura que a religião nos impõe

Oro para que a vaidade da noiva não seja maior do que o amor pelo Noivo.

Descendo do salto, rejeitando a vaidade,
Lara Silva.



Um comentário:

  1. Esse dia deu um lindo post :)
    Que possamos sair do nosso salto a cada dia, pois só assim estaremos mais próximos dos pés do nosso mestre.

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