Bom dia queridos leitores!
Já havia comentando no post
anterior que me ausentei algumas semana do blog devido ao meu trabalho de
conclusão do curso, o famoso TCC. Eu estou exausta, rs. É tão extenso,
cansativo, minimalista, que nos suga por completo.
O TCC é o termômetro para
identificarmos nosso aprendizado durante os quatro ou cinco anos do ensino superior. O meu projeto exigiu muito de
nós, por abordar conceitos lá do primeiro semestre, a três anos e meio atrás,
onde tudo e todos eram diferentes, inclusive eu. Que sufoco! Deus deu graça, terminamos e
vamos entregá-lo hoje, para apresentá-lo no próximo dia 21 (agüenta coração)
haha.
Você já parou pra pensar?
E se Deus nos desse um TCC, a fim
de entrarmos no Reino dos Céus? E se nesse projeto houvessem exigências do seu
primeiro ano de conversão? Tipo...o PRIMEIRO AMOR?
Eu ingressei deslumbrada na
faculdade, amando tudo, curtindo ao máximo. Mesmo porque, como já comentei aqui, esse era
o grande sonho da minha vida. Desde o princípio me peguei apaixonada pelo
curso. Não media esforços. Estudava todos os dias até altas horas, virava
noites fazendo trabalho, não estava nem aí em deixar de sair com meus amigos ou
ficar com minha família, eu estava curtindo loucamente o que eu tanto amava e no
fundo, no fundo amava aquela rotina INSANA.
Mas, como era de se esperar, a
empolgação acabou. O terceiro ano foi cruel. Comecei o ano doente, fui
hospitalizada e diagnostica com um nível altíssimo de stress. Irônico, não?
Enfim, com o passar do quinto semestre, comecei odiar a minha rotina e os
esforços realizados durante os dois primeiros anos, tornaram-se sacrifícios cruciais.
Irritava-me mensalmente com o alto valor do boleto da Instituição de ensino,
assim como queria sair com minhas amigas e curtir minha família, o que
dificilmente acontecia, devido ao tempo escasso. Uma das minhas melhores amigas, vocês a
conhecessem como Jéssica Tamayose, abandonou o curso por obediência a Deus e
pronto, o desânimo reinou em minha vida.
Assim também é nossa vida
espiritual. O começo? É Lindo! As primeiras notas de uma canção de adoração é o
suficiente pra nos quebrantar. A paixão por Jesus? Intensa! Passamos noites
acordados, orando, adorando, conhecendo-O e nos apaixonando por Sua presença.
As primeiras sensações são magníficas.
As primeiras experiências indizíveis. Tudo se resume a Ele. Quando nossos
amigos tentam conversar, nosso assunto é Ele. Tudo gira em torno Dele.
Respiramos aquela doce e santa Presença como se fosse nossa última chance.
Andamos em meio a nuvens, caminhando em graça e amor, ansiando por Ele o tempo
todo em todo o tempo.
Mas, não dura para sempre. Logo,
aparecem os problemas. Cobrança de líderes, ego super abastecido com elogios
dos irmãos, motivações errôneas, machucados profundos na alma por palavras de
morte, tantas picuinhas, tantas implicâncias, que a verdadeira essência se
perde, vai embora, é sucumbida por homens, seus erros e nosso erro em olhar
para eles.
Voltando ao relato sobre a
faculdade, meu comportamento mudou drasticamente do final do terceiro ano (2011)
pra cá. Não tirei notas ruins, porque abomino isso. Mas, não suguei tudo o que
poderia ter sugado de meus professores. Fui uma aluna comum, com um aprendizado
comum, não mudei o mundo e pra ser sincera, nem quis. Não fiz a diferença que poderia te feito. Tudo
o que almejava era o meu diploma, minhas finanças folgadas e tempo, tempo pra
dormir ou fazer qualquer coisa.
Até que chegou o TCC. E aí? Eu
tive que regressar ao meu primeiro amor, as lições aprendidas bem no comecinho
tiveram que ser revistas. Tive também que amargar minhas decepções ao decorrer
do curso, senti saudade, chorei, perdoei, fui perdoada. Quis voltar lá atrás e
viver tudo de novo. Os risos dos meus amigos que largaram o curso ecoaram em
minha mente e eu sorri tão feliz por ter vivido aqueles momentos, que bons ou
maus me fizeram ser quem eu sou hoje, e me entristeci por não ter aproveitado
mais aqueles abraços, aquelas vozes.
E no final da semana que
antecedeu a entrega, eu tive que parar tudo e encarar. Ou eu fazia, ou fazia. Deixei
minha família de lado, meus amigos, meu namorado e me joguei de cabeça no
projeto.
O final do meu projeto não se
resumiu em um book perfeito, com todos os conceitos bem amarrados. E nem nota dez
eu vou tirar. Mas, sabe que não me importo?
Os erros contidos são a
ilustração dos erros cometidos durante minha passagem pela faculdade. Alguns
itens estão em perfeito estado, outros nem tanto e outros, nunca retornarão a seu estado inicial. O que
importa é que esse foi o caminho que trilhei pra chegar aqui, madura e forte, com algumas cicatrizes e um coração mudado. Segura e realizada, cheia de desafios pela frente.
E assim também é nossa vida
cristã, os espinhos, as humilhações, os erros, o caminho traduz quem nós somos e
também o que deixamos de ser. O que ignoramos e o que não deveríamos ter ignorado. O que vivemos e o que deixamos de viver. O que priorizamos e o que deixamos de priorizar. Lições preciosas!
A boa nova é que ainda há tempo.
Há tempo de você voltar e se dedicar ao projeto do Reino que o Senhor lhe deu
lá no início da sua vida com Ele, o primeiro e puro amor.
E daí que estamos pobres, nus e
descalços? E daí que teremos que engolir nosso orgulho e perdoar nossos
devedores e pedir perdão a aqueles que ferimos pelo caminho? E daí que vamos ser confrontados por nossos erros?
O importante é que vencemos até
aqui, e vamos prosseguir em direção ao noivo, em direção ao primeiro amor.
Há um anseio no coração do Noivo.
Ele nos quer. O Noivo deseja a noiva.
Vamos?
Vamos fazer valer a pena?
Vamos nos apaixonar INSANAMENTE
por Ele?
Vamos viver o que nascemos pra
viver?
Esta pode ser a nossa última chance. Esse pode ser o último aviso. E hoje talvez, pode ser o último dia que você poderá falar sobre Ele com seus amigos.
Ao ser abordada na rua por alguém conhecido, é Dele que eu quero falar, como nos velhos tempos, como no primeiro amor.
Uma chance igual a esta, talvez não tenhamos mais.
Voltando ao Noivo,
Lara Silva.
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