Estava
lendo um artigo na internet escrito por Ramon Tessmann e gostaria de
compartilhar, espero que vocês também sejam impactados, assim como eu fui.
Se há uma
expressão muito comentada nestes últimos dias é a tal da “adoração
extravagante”. É comum ouvirmos críticas e comentários, bem como conhecermos
ferrenhos defensores e analistas do tema. Desde já deixo claro que não quero me
envolver com questiúnculas, pois creio que Jesus não está preocupado se estamos
usando um termo agressivo ou se o nosso dicionário fala isso ou aquilo sobre
“extravagante”. Extravagante quer dizer “insensato” ou “extravasante”? Penso
que discutir isso é perda de precioso tempo (Tito 3:9).
O fato é que adoração extravagante e
religiosidade extravagante existem há muito tempo. Um dos atos de adoração mais
estranhos, insólitos e extravagantes que conheço foi praticado por Maria, irmã
de Lázaro (aquela que foi “imortalizada” por Jesus em Mt 26.13). O texto mais
detalhado dos 4 evangelhos encontra-se em Lucas 7:37-48:
Ao saber que Jesus estava comendo na
casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’, trouxe um frasco
de alabastro com perfume, e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando,
começou a molhar-lhe os pés com as suas lágrimas. Depois os enxugou com seus
cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume. Ao ver isso, o fariseu que o havia
convidado disse a si mesmo: "Se este homem fosse profeta, saberia quem
nele está tocando e que tipo de mulher ela é: uma ‘pecadora’ ".
Respondeu-lhe Jesus: "Simão,
tenho algo a lhe dizer". "Dize, Mestre", disse ele."Dois
homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro,
cinqüenta. Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a
ambos. Qual deles o amará mais? "Simão respondeu: "Suponho que aquele
a quem foi perdoada a dívida maior". "Você julgou bem", disse
Jesus.
Em seguida, virou-se para a mulher e
disse a Simão: "Vê esta mulher? Entrei em sua casa, mas você não me deu
água para lavar os pés; ela, porém, molhou os meus pés com as suas lágrimas e
os enxugou com os seus cabelos. Você não me saudou com um beijo, mas esta
mulher, desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus pés. Você não ungiu
a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés. Portanto, eu
lhe digo, os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela amou muito.
Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama".
Então Jesus disse a ela: "Seus
pecados estão perdoados".
A princípio
é importante que entendamos a história “por trás” do relato bíblico. A festa
foi organizada por Simão (o leproso) para homenagear Lázaro, que fora
ressuscitado por Jesus. No vs 36, vemos que Jesus era um mero convidado. Isto
quer dizer que, mais uma vez na história do homem, o curado recebe mais atenção
que o Curador.
A mulher
pecadora (Maria) talvez estivesse percebendo, lá da rua mesmo, que as
homenagens prestadas ao seu irmão, estavam desonrando Jesus. E como as mulheres
não podiam participar dos banquetes masculinos, ela tinha que ficar do lado de
fora. Mas Maria estava profundamente grata a Jesus pelo milagre que Ele havia
feito. E algo estava errado naquela festa. Você sente a semelhança com alguns
de nossos eventos de hoje?
Em questão
de minutos a mulher vai até sua casa, pega um vaso cheio de ungüento (de nardo
puro). O perfume representava suas economias de muito tempo, e equivalia a 1
ano de salário de um trabalhador. O nardo era uma planta odorizante, e seu
bálsamo era muito caro, importado do Norte da Índia. Com essa disposição de
ofertar o seu bem mais precioso Maria começava a adorar com extravagância.
No vs. 37
ela entra esbaforida e ansiosa na casa do fariseu Simão. Vendo Jesus à mesa,
ela se derrama aos pés dele e chora copiosamente, “lavando” os pés de Jesus com
suas lágrimas de amor e de adoração abundante. Como ninguém lhe estendeu um
lenço ou uma toalha, Maria praticou mais um ato extravagante e arriscado:
Soltou os cabelos e começou a enxugar os pés de Jesus. Naquela época as
mulheres não podiam andar com o cabelo solto, apenas em casa na presença do
marido. Talvez alguns “ex-clientes” da mulher pensaram consigo: Oba, Maria está
de volta à ativa!
Enquanto a
mulher estava em adoração extravagante, o fariseu vivia sua religiosidade
extravagante. No vs 39 ele pensa consigo: “O que esta mulher está fazendo? Se
Jesus fosse profeta não permitiria essa barbaridade, essa baixaria!”.
Jesus com
toda paciência lamenta: “Oh fariseu querido, quando eu entrei na sua casa nem
educado você foi. Você esqueceu até de oferecer água para lavar os meus pés.
Não me deste ósculo; ela, entretanto, não parou de beijar meus pés”. (Obs: os
fariseus eram tão religiosos e cegos, que na questão espiritual estavam mais distantes
de Deus que a maioria do povo. Nisso eles eram campeões!).
O fariseu é
um religioso extravagante. Ele vem pra igreja e não oferece nada. Ele é
orgulhoso, ele se acha superior e espiritual demais. Ele não gosta de se expor
e de se expressar na presença de Deus. Ele condena a adoração dos outros, por
mais “correta” que pareça. Ele se apega a questiúnculas. Ele quer discutir
sobre coisas pequenas, mas se esquece da essência da adoração.
Nós
precisamos ser adoradores, não religiosos. Nós precisamos oferecer a Deus algo
de valor, como a mulher ofereceu o ungüento precioso. Precisamos adorar com
humildade, e expressar nosso louvor sem qualquer tipo de vergonha e medo. Não
devemos nos preocupar com os religiosos extravagantes, eles sempre vão estar
lá. Sempre vão estar questionando, mas Jesus recebe a adoração intima e verdadeira.
O que você
prefere ser? Um adorador extravagante ou um religioso extravagante? Pense nisso...
a escolha é sua.
Se entregue aos pés de Cristo hoje e reconheça sua situação! Adoração é entrega, é escolha!
Escolha Cristo todo dia.
Adorando extravagantemente,
Jessé Ricci
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