Paz do Senhor amados,
Domingo o Pastor da Igreja ministrou sobre o
primeiro amor. O texto ministrado está em Apocalipse 2:4-5: “Tenho, porém,
contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei,
e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.”.
Essa mensagem recordou-me do meu primeiro amor! ahhhh como era maravilhoso.... Lembro-me que ao
acordar pela manhã a primeira coisa que me vinha na mente era o agradecimento
pelo lindo dia, isso sim era fé, crer que o dia seria maravilhoso, sem nem se
quer ter levantado da cama. Tudo em minha volta se tornava mais colorido, os
detalhes eram cheios de significados, até a menor expressão da natureza me emocionava
lembrando-me do Criado. Passava horas e horas adorando a Deus com canções,
orações, leitura da palavra, sem falar nos jejuns dedicados ao fortalecimento
espiritual. Orava por enfermos, pregava o evangelho aos sedentos de espírito,
etc, etc, etc...
Digamos que aos poucos fui perdendo o “pique” e o
tempo começou a ficar cada dia mais “curto” e sem perceber minhas orações se
limitavam apenas nos momentos de dormir e se alimentar.
Creio que isso faz sentido para você. Sou tentado a afirmar
que todo mundo já passou por isso ou um dia passará. Porém, vamos deixar
evidente, que este desanimo e frieza espiritual devem passar RÁPIDO e o mas
breve possível. Como muitos dizem: com Deus não se brinca!
Hoje graças a Deus estou renovado. Mas sei que estou longe
de alcançar o avivamento que almejo.
Sobre esse contexto vou colocar o sermão do David M.
Quinlan sobre esse tema, pois expressa exatamente o que quero compartilhar:
Avivamento já! Este é o clamor contido no coração do
verdadeiro adorador. Um regresso à santidade por meio do arrependimento sincero,
verdadeiro e modificador.
Precisamos de uma consciência convertida, levando-nos
desesperadamente de volta ao primeiro amor, onde tudo era extremamente simples
e fácil. O nosso amor era radical e de caráter inteiriço. Fazíamos tudo e
qualquer coisa por Ele, a qualquer hora e sem o menor constrangimento.
Éramos fiéis seguidores e amantes devotos. Naquela
época, vivíamos a plenitude de Mt. 11: 30 “Porque o meu jugo é suave e o meu
fardo é leve”, não é verdade? Precisamos voltar a esta “praça dos namorados”
onde O encontramos pela primeira vez e nos apaixonarmos por Ele, só que desta
vez, por uma eternidade. Por que é que tantos caem desta altura?
Você se lembra do seu período de namoro? Geralmente é
uma loucura. As vidas giram e consumem-se por um desejo infinito de estarem
juntas. Até durante as desavenças, ainda que calados, os inseparáveis,
corajosamente ficam juntos. A eternidade parece não ser o suficiente para se
acolherem aos braços da pessoa que tanto amam. O maior inimigo deste período é
o irredutível Sr. Relógio, e o sogro exigente e inflexível chega num próximo
segundo lugar. O diabo, quando muito, fica num desesperado terceiro lugar, a
não ser que atue diretamente no primeiro e segundo colocados... São tantas as
desculpas e culpados, menos os “pombinhos”, é claro. São períodos de inovação,
criatividade, super paciência e “muito amor”. Mas depois de alguns anos, já
casados, as nuvens sobre as quais habitam e passeiam vão ficando cada vez mais
ralas e acabam firmando os pés em terra seca. Embora o amor desponte
ardorosamente em maneiras outrora desconhecidas e a dependência mútua
acentua-se, a atenção devida e exigida, por ambas as partes, não alinha-se às
necessidades vigentes do minuto a minuto. Eu sei que isto não é uma constante,
contudo acontece, não é verdade? Cada vez mais, se tem menos tempo para o
cônjuge e é doado mais tempo para o trabalho ou “chamado”.
Fazemos o mesmo com Jesus, só que de uma maneira pior.
Vamos nos acostumando com o Seu serviço, com a Sua onipresença, o chamado
sacerdotal, enfim, o cotidiano do átrio e esquecemo-nos que existe algo mais
intenso e extremamente mais íntimo e glorioso, a presença manifesta de Deus no
Santíssimo Lugar. Pior é já O tratarmos com descaso, sabendo-se que ainda nem
celebramos o enlace matrimonial.
O que escrevo é uma realidade infeliz e visível na
casa de Deus. Da próxima vez que fores a um santuário, se a glória de Deus não
lhe envolver como um pai envolve a um filho amado em seus braços, observe o
alto nível de atividade e desconsideração para com Deus, na casa de Deus.
A casa de Deus deveria ser um lugar de adoração e não
de ativismo. Nós, membros da equipe do “Ministério Fogo e Glória”, temos visto
e ficado aterrorizados com a falta de reverência e o desapreço de muitos para
com o Galardoador daqueles que O buscam - Hb. 11: 6. A batalha NÃO é nossa, Ele
peleja por nós, diz as Sagradas Escrituras, todavia, insistimos terminantemente
em atentarmos a tudo, e a todos na hora de cultuarmos a Deus. Temos que
discernir as estações. Existe hora para tudo. Não insinuo com isto que é
necessário desrespeitar a todos e tudo que se move, mas uma palavra de
sabedoria e orientação de vez em quando cai muito bem.
Muitas vezes invertemos os maiores mandamentos de
Deus. O primeiro é amar a Deus de TODO o seu coração, de TODA a sua alma e de
TODO o seu entendimento (forças), e em segundo lugar, amar a nosso próximo como
a nós mesmos - Mt. 22: 37 - 39. Prezado leitor, é muito amor! Contudo, às vezes
damos mais reverência, respeito, atenção, temor, e amor ao nosso próximo do que
damos ao nosso Aba Pai, ou seja, Paizinho. Estas irreverências ocorrem do mais
alto escalão de uma igreja - se é que existe isto na casa de Deus, e perante os
Seus olhos - até o mais menosprezado. Conversa fora de hora, movimentação
desnecessária, distrações inúmeras - até mesmo sobre a plataforma -, a total
dependência do homem, falta de observância dos imperativos divinos,
estrelismos, programações para acomodar os caprichos do homem, telefone
celular..., eu disse telefone celular? Permita-me o espaço e a graça para
expandir sobre este instrumento bem-vindo, porém, profanado. Perdoa-me a
franqueza, mas o celular ativo na igreja é o cúmulo da insensibilidade,
imaturidade e ausência de confiança em nosso Refúgio, Fortaleza e socorro bem
presente. Na casa de Deus temos que estar disponíveis para Deus e não para as
distrações geradas pelo inimigo de nossas almas. A linha para falarmos com Deus
jamais está ocupada, e não precisamos de nenhum “novo carro” feito pelas mãos do
homem para falarmos com Ele (leia I Crônicas 13 para ver a lição cara que Davi
aprendeu usando os métodos humanos a despeito da motivação honrosa e correta).
Agora, se isto não bastar, ligue para o operador celestial Jeremias, e peça-lhe
para discar o número 33: 3.
Tendo ouvido as suas palavras de sabedoria, peça para
falar com João, no ramal 8: 32. Deus jamais discará o número do seu celular,
embora, isto não seja impossível, só que creio que Ele prefere vir
pessoalmente. A Bíblia diz que Ele - pacientemente - bate na porta do Seu
coração - enquanto você... fala com o seu irmão - Ap. 3: 20. Não aplicando esta
infortunada inobservância à sua pessoa, sei que você deve conhecer alguém que
usa desta falta de conhecimento. Fale ou interceda por ele. A Bíblia nos diz
que não podemos entristecer o Espírito, e esta distração tem sido usada para
fazer justamente isto - Ef. 4: 30. Se a palavra de Deus nos adverte contra
isto, temos que observar o mesmo com abundante atenção. A nossa atenção não
pode descarrilar. Perdemos muito com isto; Ele também!
A visão que temos de Deus, influencia a nossa atitude
e o nosso relacionamento para com Ele, afetando até mesmo a nossa maneira de O
adorarmos. Pare e reflita sobre isto. A profundidade do nosso louvor e adoração
(imperativos divinos) é inteiramente relativa ao conhecimento que temos de
Deus, e este por sua vez, é inteiramente refletido em nossas ações e em nosso
comportamento 24 horas por dia.
É melhor eu ir desacelerando por aqui. Você há de
convir comigo que há uma carência muito grande de intimidade para com Deus por
parte da noiva de Cristo. Eu sei que existem pessoas desesperadas no mundo que
aguardam um deslocamento nosso nesta direção para invadirem a igreja. Atraia a
Deus e Ele atrairá os homens.
Tudo o que o David escreveu nessa mensagem expressa uma
verdade que vivemos não apenas nas igrejas, mas em nosso relacionamento com Deus.
É tempo de buscarmos o avivamento!
“Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o
enquanto está perto.” Isaías 55:6
Jessé Ricci
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