Bom todos devem conhecer a parábola do filho pródigo né? Ele era novo, cheio de vontade de conhecer os prazeres do mundo, pediu a seu pai sua parte nos bens e foi viver sua vida. Logo se deu mal e voltou arrependido. Seu pai o recebeu com festa e o seu irmão mais velho... Opa, existe irmão mais velho? Ninguém nunca fala dele! Pois é, ele foi o "fiel injustiçado"...
E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai:
Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento,
e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes,
mataste-lhe o bezerro cevado.
Lucas 15: 29 e 30
Quantas vezes isso não passa pela cabeça de um cristão? Pode soar meio ciumento ou apenas justo pensar assim, mas por tantos momentos nos encontramos como que, órfãos, sendo que pessoas que não valorizam o Pai parecem tão agraciadas por Ele... Em outras palavras:
"OK, não devemos ter inveja do injusto, mas Deus podia colaborar né? Eu sempre ando na linha e nunca sou valorizado pelo que faço!"
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Irmãos, reconheço já ter agido como uma "fiel injustiçada", mas em determinado momento da caminhada com o Pai, enquanto você guarda os Seus mandamentos, Ele vai te ensinando...
E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
Lucas 15:31
Não importa o quanto o "pródigo" venha a ter, ele estará marcado pela dor, pela vergonha de desejar alfarrobas de porcos. Mesmo tendo conhecido todo o conforto da casa do pai, o desprezou...
Quando somos testados e aprovados em nossa fidelidade, estamos conquistando o direito a tudo o que é do Pai. Mas há tanto amor nesse relacionamento, as palavras do Pai soam tão sábias e humildes aos nossos ouvidos, que nada disso importa mais. Estar com o Pai é tão satisfatório que preenche todas as nossas necessidades, supera todos os nossos desejos e passamos a pensar:
"Pai, tudo que é Seu é meu? Então eu te devolvo, eu só quero habitar Contigo!"
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Nesse momento entra em nós a compaixão. Paramos de nos achar bons demais, pois compreendemos que, se fossemos, aceitaríamos nosso irmão. Se tudo que é do Pai passa por nós, o amor pelo "pródigo" se reestabelece. O que antes era um ciúme pelas coisas vãs e terrenas, passa a ser um amor disposto a perdoar. O irmão caído, já machucado e humilhado merece as mãos estendidas de quem sempre teve tudo do Pai e não o julgamento dele. Amamos o pródigo arrependido e, com ele, honramos ao Pai que ama a todos da mesma forma.
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E aí nosso pensamento já se torna outro. Não mais "pródigos" ou "fiéis injustiçados", mas todos filhos justificados na graça do Pai.
Pródiga ou não,
Filha justificada na Graça!
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