terça-feira, 22 de maio de 2012

Diário de Eva.


Algum tempo depois de minha origem...

Alguém esta exclamando: Não coma!

 Porque no dia que comeres certamente morreras. Que medo, não quero morrer gosto muito de viver, porem, porque não devo comer, parece tão suculento, nunca vi algo assim. Todo dia Ele vinha a meu encontro e andava comigo, e sempre me lembrava: não coma!

 Minha inocência, eu olhava para aquela arvore, boa para se comer, e agradável aos olhos, e arvore agradável para dar entendimento, como uma criança olha para uma tomada elétrica ao seu alcance. Minha inocência não compreendia este pedido "não coma", como tudo que tem proibição parece melhor, mais atraente. Minha inocência não compreendia aquele pedido como realmente tinha que compreender.

 Meu medo, ao mesmo tempo em que me sentia atraído por aquele fruto, sentia medo dele, pois também era perigoso, fiquei amedrontado. Meu medo atraiu-me ao perverso, aquele que fala o que eu quero ouvir, mas não tenho coragem de dizer, o perverso encontrou dentro de mim sua imagem, como de uma serpente, que rasteja no pó, pois foi exatamente no pó encontrei minha origem. Meu medo não percebeu que Aquele Ser que me encontrava todos os dias em sua viração, acreditava que da terra, um elemento tão básico poderia gerar o divino, meu medo me cegou.



 O perverso então me disse: Pode comer.

 Eu respondi: Mas Ele disse "não coma".

 Então perverso olhou para minha inocência e falou o que eu queria ouvir: Não morreras pó, você pode ser divino e será, se apenas comer. Meu coração disparou fiquei fissurado com a idéia, pois esta palavra já tinha lugar em meu coração. Porem não sabia que foi Aquele que encontrava comigo todo dia, que colocará esta palavra em meu DNA quando soprou seu respirar em meu interior, embora sendo pó, estava destinado ser uma Rainha. Estava louca demais para perceber, quando me dei conta já estava comendo...


Continua...
Claudio Isidoro.



Nenhum comentário:

Postar um comentário